terça-feira, 30 de março de 2010

por quantos pedaços sou composta? serei resumida a duas ou três partes que se encaixam com determinada precisão? ou serei eu formada por infinitos pedacinhos, cada um deles únicos, como antigos lustres de cristal, daqueles cujas partes não são mais produzidas? quando uma parte minha for quebrada, estarei eu condenada pela eternidade? continuarei a reproduzir luz através dos primas que se formam de cada um dos meus inúmeros outros pedaços? e quanto ao meu reflexo? será ele íntegro e coeso, coerente com minhas diferentes faces? ser múltipla me dá maiores possibilidades, mais escapes,mais...mas ser inteira, mesmo que me faltem algumas partes que se quebraram pelo caminho, me faz ser quem eu sou.

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