terça-feira, 30 de março de 2010

por quantos pedaços sou composta? serei resumida a duas ou três partes que se encaixam com determinada precisão? ou serei eu formada por infinitos pedacinhos, cada um deles únicos, como antigos lustres de cristal, daqueles cujas partes não são mais produzidas? quando uma parte minha for quebrada, estarei eu condenada pela eternidade? continuarei a reproduzir luz através dos primas que se formam de cada um dos meus inúmeros outros pedaços? e quanto ao meu reflexo? será ele íntegro e coeso, coerente com minhas diferentes faces? ser múltipla me dá maiores possibilidades, mais escapes,mais...mas ser inteira, mesmo que me faltem algumas partes que se quebraram pelo caminho, me faz ser quem eu sou.

sexta-feira, 26 de março de 2010

já tentaste alguma vez fazer as coisas da maneira mais simples? não seria uma boa opção aceitar as coisas como elas vêm e, uma vez na vida, resignar-se com as maravilhas que o destino nos oferece? chega uma hora em que as oportunidades cessam e tudo que resta são as lembranças daquilo que poderia ter acontecido, do que poderia ter sido, de quem poderia ter estado aqui...às vezes a perfeição está onde menos esperamos e a solução para os pequenos importúnios está materializada nos lugares mais improváveis.

terça-feira, 23 de março de 2010

de vez em quando é difícil de olhar, me falta o ar, dá vontade de gritar e ao meu redor todos estão parados. necessito agir, ver as coisas acontecerem, mas só me resta mesmo esperar. esperar a ação alheia, um telefonema, um alô, uma indicação ínfima de movimento...mas eu sei que, no final das contas, seu timing há de ser perfeito.

sábado, 13 de março de 2010

quem disse que amar é fácil? como pode ser fácil se fazer completamente disponível e vulnerável aos movimentos e desejos de um outro alguém? mas mesmo assim amamos, não porque gostemos de desafios, mas porque somos reféns deste sentimento que brota instantaneamente ao menor contato. e quando amo, não quero senão o melhor para a pessoa amada. dói em mim o sofrer alheio. são meus os esforços para vencer os desafios que o outro tem que enfrentar. é saboreado por mim o doce gosto da vitória, bem como o amargo sabor de até mesmo o menor dos fracassos. mas amar, mais do que sentir é acreditar. acreditar no sentimento, acreditar na pessoa em uma espécie de fé insana e, a partir dessa crença cega, usar de todos os meios possíveis para vê-la feliz. eu quero apenas o melhor para aqueles que amo e faço o que for preciso para ver um sorriso no rosto alheio. pois este sorriso inevitavelmente se reflete no meu rosto.

segunda-feira, 8 de março de 2010

o que eu quero da vida? as coisas mais simples. um dia de sol, uma estrada longa, uma (ou mais) pint gelada, um rosto familiar, um telefonema inesperado, uma música saudosista, um lugar novo, uma mesa cheia de comidas gostosas, a risada espontânea dos meus amigos, o meu amorinho pedindo "camarinhos", uma rotina agradável, alguns planos a longo prazo, uma escolha imediata, deitar na cama sem ter hora para levantar, correr na direção da pessoa amada, um joguinho de futebol, uma proposta estimulante, um convite irrecusável e um amor.

segunda-feira, 1 de março de 2010

poucas coisas se comparam a um dia limpo de um céu azul inebriante. não há palavras para descrever o que os olhos vêem e o coração é capaz de sentir. algo que não se sabe bem o que é e que arranca um sorriso dos lábios alheios assim, de repente. é o mistério por traz de um suspiro que, ao mesmo tempo, não quer dizer nada, ou pode ser traduzido de mil formas diferentes. é o perceber o quanto se caminhou até este lugar. é a certeza de se estar onde se deve.